Li no mural do Aguinaldo Silva no Facebook:
Só aquele idiota italiano mesmo pra dizer que a vida é bela. A vida é bosta. As mesmas situações de merda se repetem sem que a gente consiga fazer nada pra evitá-las. Feliz é o chuchu, que é apenas um chuchu e mais nada.
Admiro muito, muito mesmo Aguinaldo Silva. Entre tantos autores, é um dos que mais se expõe, mostra a cara como pediu Cazuza. Poucos são assim. Provavelmente por conta da privacidade alardeada pelo Procure Saber a que têm direito os famosos. Os que têm à oferecer. Num país que pede tanto à tanta gente o tempo todo, auto preservação é saudável. Além do fato de a privacidade ser um direito, claro. Nossos famosos apenas precisam aprender a lidar com ela, com a falta dela, com a invasão dela. E os invasores têm que se dar ao respeito e escrever uma história de vida coerente, uma carreira decente. É, complicado.
Simpatizo com quem não tem ou demonstra não ter o que esconder.
Simpatizo com os malucos que chutam o balde de vez em quando. O que faz a exposição de Aguinaldo ser absolutamente uma delícia. Adoro quando regam e não menosprezam minha inteligência.
Justin Bieber sai enrolado em lençol de balada no Brasil...
... mas posta foto com o dedo do meio levantado, sem camisa, sensualizando no Instagram, Twitter. Fico cá a pensar, ó pá: será que esses famosos também não têm uma necessidade de ser notícia, de se expor e depois pedir desculpas, desfazer, apagar? Já li cada uma no twitter! Já vi cada foto no Instagram... hmm... Reclamar da falta de privacidade dando pérolas da 25 de Março aos porcos, não vale, né?
Tem até cartilha de como famoso contratado deve se comportar nas redes sociais.
Não poste isso, não diga isso, não aqui, não ali. Muitos famosos deixaram de contar seus passos na aldeia global em que vivemos. Pelo menos o tempo todo. Seja por recomendação ou preguiça. Mas sempre aparece do nada uma frase, um desbafosinho, uma indireta pra alguém ou alguns.
O fato é que ninguém é feito de nada. Nem o sangue é de barata.
Vivemos para nos emocionar, seja pelo reconhecimento profissional, sucesso amoroso, o que for. Está no maravilhoso Poema de Natal de Vinícius de Moraes: Para isso fomos feitos: para lembrar e ser lembrados.
Sir Aguinaldo Silva me faz sorrir. Mesmo quando o texto é de uma verdade crua e dormente como a da frase que iniciou este post, sorrio. Só o talento para descrever a miserere que vivemos dessa forma. Feliz é o chuchu que é apenas chuchu e mais nada. Fala a verdade? Genial. Triste. E genial;
Só o Humor Silva.
Como diria no apogeu do sucesso o grande filósofo Bozo: Sempre Rir, sempre rir! Pra viver é melhor sempre rir! E é verdade, embora Frejat nos lembre que rir de tudo é desespero. A questão não é rir de tudo, é ter bom humor, boas sacadas, acreditar que tudo vale a pena. Nós gostamos de rir! De diversão, sim! Diversão e arte. E contar histórias.
Aguinaldo Silva, embora nunca tenha estado fora da mídia, será bem mais citado agora, que a próxima novela das nove, nove e poucos, será sua. E terá muito o que falar. Se tiver tempo, vai falar. E lerei com mutcho gusto, e aprenderei, humildemente.
Dizer que feliz é o chuchu que é apenas chuchu e mais nada é o mesmo que afirmar que quanto menos se sabe, menos se sofre.
E quem disse que não há sofrer? Prefiro saber do que morrer na ignorância. É triste, mas também genial, genioso, delícia quando nos vemos frente à frente com um feito da natureza, da mente humana e sabemos como aquilo tudo aconteceu, sua história.
Eu, contadora de histórias, cada vez mais.
Pra quem é do tempo em que a Blitz lançou seu primeiro compacto com Você não soube me amar de um lado, vire o disco e ouça Evandro Mesquita em plenos pulmões brincando:
Nada! Nada! Nada! Nada!
 nação rica em hortaliças, frutos, frutas e tamanha variedade de suprimentos, resta viver essa salada russa, porque tem muita patrulha e muita bagunça, e nada mais do que a dignidade resta. De um jeito ou de outro, cada um na sua.
Aos infelizes brócolis, cenouras, beterrabas, abacaxís e pupunhas como nós, o molho da vida!
